sexta-feira, 13 de maio de 2011

Verbete Democracia, Vertente D. Participativa


Uma das vertentes que constituem o verbete Democracia
A Democracia Participativa

      Dizem que a palavra Democracia tem origem no pensador grego Demócrito, um pré-socrático discípulo de Leucipo. Eles foram os primeiros a falar do atomismo. Atomismo é "a constituição das coisas por infinitas pedrinhas indivisíveis". A Democracia, no sentido "organização social", é o conjunto de indivíduos que participam da constituição do Todo. Indivíduo/Indivisível é portanto a sua representação pessoal submersa a todos os outros, e cada um ajudando e constituindo, pois afinal nessa teoria, Idealmente falando, não se pode ser uma célula nula, mas uma célula ativa e atuante no tecido social e na discussão em torno das leis que regem a sua sociedade. 
     No entanto, nem todos se interessam em participar de tais questões políticas. Fazer política é participar dessas discussões em torno das convenções sociais(ou de um grupo num lugar determinado, como aqui na UFSJ), e mesmo que seja o dever de cada um atuar e movimentar, é claro que a área de muitos são outras e portanto não tem que ser obrigatório participar das discussões da polis, embora seja interessante acompanhar, ou nem isso.
     O problema de eleger representantes é que se cria patamares na pirâmide de importância social. E quando se tem níveis verticais de importância de um indivíduo, como é a obsoleta (operacionalmente falando) democracia representativa brasileira, você dá a liberdade para algum indivíduo (que às vezes torna-se político corrupto e de interesses pessoais) atuar no patamar de cima sem ligar a mínima para as suas necessidades e reivindicações. Eleger políticos no Brasil também é o risco de dar o poder para certos políticos que não tem o mínimo conhecimento de leis, necessidades básicas e qualquer outro tipo de problema social a se resolver. Alguns políticos, morando em casas longe dos problemas sociais, nem são cientes do que se deve melhorar.
      Por isso que é importante haver um órgão político na universidade, de pessoas que exerçam o poder político nivelado horizontalmente e que cada um tenha a sua importância fundamental, se assim o quiser exercer. Afinal, há a liberdade de exercer ou não. E mesmo que 95% não exerça tal função (pois pelo contrário a CEB deveria ser no pátio do campus), é mais justo e democrático que esses 5% sejam partículas ativas do que eleger 12 ou 15 pessoas ou sei lá quantos pouquíssimos vetores para agir no topo da pirâmide.
      Afinal, entidades de base é um modo de manter o Estado extendido operacionalmente a todos os lugares, até aos longínquos. A necessidade de participação em Assembléias e Conselhos de Entidades de Base deverá se tornar uma cultura, e a sociedade ficará menos hierarquizada, sem no entanto haver corrompimento da organização necessária do Estado. O que estará em jogo é a mobilidade que cada um tem de ter para fazer pela sociedade, que trata do modo de organização de indivíduos, que compreendem uma Ecopolítica que engloba as necessidades de se discutir onde e como agir coletivamente.

Sejam críticos e construam pontos de vista sobre o texto de maneira que concordem e discordem sobre diversos aspectos, pois só pelo conhecimento coletivo é que um saber será democrático.

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