"Através da dialética a Consciência tende ao infinito!" - Por Thiago Zoroastro, 07 de Maio de 2011. 17:56
O Físico austríaco Fritjof Capra com o livro "Construindo o Brasil de Baixo para Cima", de Marcello Guimarães.
Muito bem, o que é que está surgindo de novo? Com o ressurgimento do pensamento complexo desde os anos 60, a necessidade do mundo renovar seu modo de sociedade e toda a tralha que vocês já sabem, vêm junto alguns novos conceitos que surgiram recentemente. Como sistematizar todo esse processo é muito mais trabalhado que informar, então enquanto vou pesquisando e pensando, eu vou informando para vocês mesmos começarem a se relacionar com essas ideias, discutir sobre elas informalmente, e obterem posições acerca dessa transformação. Afinal, como eu sou limitado e não vou dar conta de tudo sozinho, vou disseminando essas sementes para vocês mesmos plantarem. Posições contrárias serão bem-vindas a essas teorias que surgem porque assim trabalharemos as concepções de ambos os lados, reforçando e dando vazão as ideias de ambos os lados elaborarem e se fundamentarem.
Como eu falo muito rápido desde que falo, também vou continuar preferindo fazer esses discursos aqui nessa lista, embora seja livre a discussão entre cada um de vocês e eu esteja apto a dialogar filosofia com quem eu procurar e ser procurado para conscientizar e me conscientizar também de posições contrárias a mim. Isso é Democracia, Carlos Bem. Como disse Fichte, o primeiro dos idealistas alemães, "No Eu Absoluto, ao eu divisível pôsto existe sempre um não-eu divisível o-pôsto", fundamentando a existência do ser e do não-ser como presentes no Ser Absoluto. (A propósito, leiam sobre a divergência filosófica entre Heráclito e Parmênides; fazendo uma síntese deles você compreende a Dinâmica da Natureza preservando sua Identidade Ontológica.) Fichte foi um kantiano que inaugurou o idealismo alemão, falando de uma espécie de saber do saber, dizendo que isto levaria a uma espécie de socialismo, uma vez que em sua época não havia o conceito de sociedade que surge apenas com os sociólogos, no século seguinte. Os autores que se preocuparam com as questões do "Bem Comum Coletivo" desde o Renascimento do séc. XV eram chamados de "utópicos", posteriormente de "socialistas utópicos". No Iluminismo, sob a tríade "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", surgiram cada vez mais pensadores que foram entendendo a necessidade de compilar o conhecimento acumulado em enciclopédias e trabalhando essas questões emergentes do renascimento. Tendo surgido Fichte e em seguida Schelling com sua filosofia-da-natureza e Hegel com o espírito absoluto, então surge a teoria da Dialética que é composta por Tese, Antitese e Síntese. Aqui, discutindo a unidade da consciência, esses pensadores estavam cogitando como haveria essa elevação de consciência, que é dada através do diálogo entre posições divergentes. Então surge a esquerda hegeliana, e Schelling contrapõe-se a essa esquerda, fazendo com que a esquerda hegeliano fortalecesse mais ainda. Eis que surge entre esses da esquerda hegeliana Karl Marx.
Diante desse diálogo acerca da Identidade da Consciência, você só conhecerá melhor a si mesmo dialogando com os outros, e inclusive ouvindo críticas dos outros. Bem que havia na Grécia Antiga um filósofo careca-cabeçudo que passava os dias na ágora (praça) discutindo filosofia e que ficou conhecido pela célebre frase "CONHECE-TE A TI MESMO" por causa de suas intermináveis discussões. Sócrates incomodou os carrancudos poderosos que trataram de fazer acusações que o levaram a tomar o veneno da cicuta na cadeia. Mais uma vez os poderosos, questionados, trataram de eliminar o inimigo. O final do livro Fédon, de Platão, é: "Tal foi o fim do nosso amigo, Equécrates, do homem, podemos afirmá-lo, que entre todos os que nos foi dado conhecer, era o melhor e também o mais sábio e mais justo." E assim foi o fim de Sócrates, por questionar tais autoridades e que fez Críton pagar um galo a Asclépio (um ritual de honra ao deus da saúde e curas grego, realizado por agradecimento a uma vida saudável. O GALO era o símbolo do raiar do sol, o astro regido por Apolo, o deus da Razão).
Agora, se você quiser perder tempo a discutir filosofia você terá retornos de Sabedoria, muito o contrário de discursos orgulhosos. Numa discussão, questionado ou não, você Conhecerá Melhor a Si Mesmo. As questões acerca de todas as coisas giram em torno de compreensões comuns, que aplicada à transformações sociais poderá ter implicações muito produtivas! Fazer reuniões semanais discutindo os problemas da universidade são mais eficientes porque dão espaço para que essas discussões entre participantes voluntários exerçam a troca de ideias e a construção de ações coletivas para o Bem Comum. E com esse movimento da contracultura, agitado pelo atitude "Faça-Você-Mesmo" em que incentiva às pessoas a fazerem elas mesmas o que às vezes deixam para outros fazerem no lugar delas. É o símbolo da Atitude, do despertar da consciência!
Tendo em vista então esses ECOS MENTAIS que tais discussões filosóficas proporcionam em nossas almas, ponho o primeiro trecho:
Esse Fritjof Capra lançou alguns bons livros que recomendo: Tao da Física, Ponto de Mutação e Teia da Vida
E ficar ligado no Alberto Guerreiro Ramos, que não conhecia até HOJE, quando pesquisei sobre o Capra e achei isso daí. Achei hoje isso daí e disse na semana passada nas Assembléias Estudantis que a Democracia Participativa faz parte desse novo modelo que surge a partir do Paradigma Emergente.
O Paradigma Emergente:
- O que o Paradigma Emergente tem a ver com a ecologia política? Apenas citações:
1) Entrevista da revista Caros Amigos com Fritjof Capra em 2004: Minha abordagem é pela educação. Nós precisamos disseminar o conhecimento básico de ecologia sobre o que é sustentabilidade e como desenvolver esta sustentabilidade. A história da evolução mostra que a nossa biosfera tem sustentado a vida por 2 bilhões de anos. Mas as nossas organizações “civilizadas” estão destruindo tudo. Precisamos mudar isto. Precisamos aprender com a natureza. Observá-la. Podemos identificar nela os princípios da ecologia: o dejeto de uma espécie pode ser o alimento de outra. É o ciclo ecológico. E a energia vem do sol. E querem deixar o Brasil de lado na evolução da consciência ecológica? O Brasil desempenha hoje um papel fundamental no mundo. Talvez, não reconhecido. Mas dos três grandes centros de poder - governos, empresas e sociedade civil - a sociedade civil reconhece este papel fundamental do Brasil.
2) CAPRA, FRitjof. A Teia da Vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos, de 1996, retoma a visão de interligação ecológica de todos os eventos que ocorrem na Terra e da qual fazemos parte, de forma fundamental. O livro foi traduzido para sete idiomas.
"O novo paradigma que emerge atualmente pode ser descrito de várias maneiras. Pode-se chamá-lo de uma visão de mundo holística, que enfatiza mais o todo que as suas partes. Mas negligenciar as partes em favor do todo também é uma visão reducionista e, por isso mesmo, limitada. Pode-se também chamá-lo de visão de mundo ecológica, e este é o termo que eu prefiro. Uso aqui a expressão ecologia num sentido muito mais amplo e profundo do que aquele em que é usualmente empregado. A consciência ecológica, nesse sentido profundo, reconhecer a interdependência fundamental de todos os fenômenos e o perfeito entrosamento dos indivíduos e das sociedades nos processos cíclicos da natureza. Essa percepção profundamente ecológica está agora emergindo em várias áreas de nossa sociedade, tanto dentro como fora da ciência."
3) Não é do Capra rsrs.
De acordo com James Barber, professor do Imperial College London, Reino Unido, a melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos. Ele estava falando da fotossíntese, processo natural das plantas.
“Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese – propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada – não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta”, disse o pesquisador em entrevista à Agência Fapesp.
O Físico austríaco Fritjof Capra com o livro "Construindo o Brasil de Baixo para Cima", de Marcello Guimarães.
Muito bem, o que é que está surgindo de novo? Com o ressurgimento do pensamento complexo desde os anos 60, a necessidade do mundo renovar seu modo de sociedade e toda a tralha que vocês já sabem, vêm junto alguns novos conceitos que surgiram recentemente. Como sistematizar todo esse processo é muito mais trabalhado que informar, então enquanto vou pesquisando e pensando, eu vou informando para vocês mesmos começarem a se relacionar com essas ideias, discutir sobre elas informalmente, e obterem posições acerca dessa transformação. Afinal, como eu sou limitado e não vou dar conta de tudo sozinho, vou disseminando essas sementes para vocês mesmos plantarem. Posições contrárias serão bem-vindas a essas teorias que surgem porque assim trabalharemos as concepções de ambos os lados, reforçando e dando vazão as ideias de ambos os lados elaborarem e se fundamentarem.
Como eu falo muito rápido desde que falo, também vou continuar preferindo fazer esses discursos aqui nessa lista, embora seja livre a discussão entre cada um de vocês e eu esteja apto a dialogar filosofia com quem eu procurar e ser procurado para conscientizar e me conscientizar também de posições contrárias a mim. Isso é Democracia, Carlos Bem. Como disse Fichte, o primeiro dos idealistas alemães, "No Eu Absoluto, ao eu divisível pôsto existe sempre um não-eu divisível o-pôsto", fundamentando a existência do ser e do não-ser como presentes no Ser Absoluto. (A propósito, leiam sobre a divergência filosófica entre Heráclito e Parmênides; fazendo uma síntese deles você compreende a Dinâmica da Natureza preservando sua Identidade Ontológica.) Fichte foi um kantiano que inaugurou o idealismo alemão, falando de uma espécie de saber do saber, dizendo que isto levaria a uma espécie de socialismo, uma vez que em sua época não havia o conceito de sociedade que surge apenas com os sociólogos, no século seguinte. Os autores que se preocuparam com as questões do "Bem Comum Coletivo" desde o Renascimento do séc. XV eram chamados de "utópicos", posteriormente de "socialistas utópicos". No Iluminismo, sob a tríade "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", surgiram cada vez mais pensadores que foram entendendo a necessidade de compilar o conhecimento acumulado em enciclopédias e trabalhando essas questões emergentes do renascimento. Tendo surgido Fichte e em seguida Schelling com sua filosofia-da-natureza e Hegel com o espírito absoluto, então surge a teoria da Dialética que é composta por Tese, Antitese e Síntese. Aqui, discutindo a unidade da consciência, esses pensadores estavam cogitando como haveria essa elevação de consciência, que é dada através do diálogo entre posições divergentes. Então surge a esquerda hegeliana, e Schelling contrapõe-se a essa esquerda, fazendo com que a esquerda hegeliano fortalecesse mais ainda. Eis que surge entre esses da esquerda hegeliana Karl Marx.
Diante desse diálogo acerca da Identidade da Consciência, você só conhecerá melhor a si mesmo dialogando com os outros, e inclusive ouvindo críticas dos outros. Bem que havia na Grécia Antiga um filósofo careca-cabeçudo que passava os dias na ágora (praça) discutindo filosofia e que ficou conhecido pela célebre frase "CONHECE-TE A TI MESMO" por causa de suas intermináveis discussões. Sócrates incomodou os carrancudos poderosos que trataram de fazer acusações que o levaram a tomar o veneno da cicuta na cadeia. Mais uma vez os poderosos, questionados, trataram de eliminar o inimigo. O final do livro Fédon, de Platão, é: "Tal foi o fim do nosso amigo, Equécrates, do homem, podemos afirmá-lo, que entre todos os que nos foi dado conhecer, era o melhor e também o mais sábio e mais justo." E assim foi o fim de Sócrates, por questionar tais autoridades e que fez Críton pagar um galo a Asclépio (um ritual de honra ao deus da saúde e curas grego, realizado por agradecimento a uma vida saudável. O GALO era o símbolo do raiar do sol, o astro regido por Apolo, o deus da Razão).
Agora, se você quiser perder tempo a discutir filosofia você terá retornos de Sabedoria, muito o contrário de discursos orgulhosos. Numa discussão, questionado ou não, você Conhecerá Melhor a Si Mesmo. As questões acerca de todas as coisas giram em torno de compreensões comuns, que aplicada à transformações sociais poderá ter implicações muito produtivas! Fazer reuniões semanais discutindo os problemas da universidade são mais eficientes porque dão espaço para que essas discussões entre participantes voluntários exerçam a troca de ideias e a construção de ações coletivas para o Bem Comum. E com esse movimento da contracultura, agitado pelo atitude "Faça-Você-Mesmo" em que incentiva às pessoas a fazerem elas mesmas o que às vezes deixam para outros fazerem no lugar delas. É o símbolo da Atitude, do despertar da consciência!
Tendo em vista então esses ECOS MENTAIS que tais discussões filosóficas proporcionam em nossas almas, ponho o primeiro trecho:
Este ensaio tem por objetivo contribuir com a ecologia política por meio da síntese comparativa de duas obras de pensadores ambientalistas publicadas no início da década de 1980. A Nova Ciência das Organizações, de Alberto Guerreiro Ramos, e O Ponto de Mutação, de Fritjof Capra, estão entre os clássicos do pensamento ecopolítico. A hipótese central deste trabalho é que os autores, apesar de suas diferentes áreas acadêmicas de base, chegaram a resultados muito semelhantes a partir de um mesmo paradigma emergente, contribuindo de forma decisiva com a formação do campo de pesquisa trans-disciplinar que é a ecologia política. Capra, físico, epistemólogo (com incursões nas ciências sociais, na ecologia, na psicologia e na administração), e Ramos, um dos pioneiros da sociologia brasileira (com formação também filosófica, incursões na psicologia, na administração, na ecologia e com experiência político-parlamentar), podem ser considerados dois constituintes da ecologia política - sem que esta expressão seja utilizada por eles diretamente. Nem Capra menciona Ramos, nem este cita Capra. Este último é austríaco e vive nos Estados Unidos, tendo sua obra atingido repercussão mundial. Ramos, brasileiro, faleceu em 1982, após ter lecionado nos Estados Unidos (Universidade da Califórnia do Sul, Yale University e Wesleyan University) e publicado dez livros e numerosos artigos (em inglês, francês, espanhol e japonês). Sua principal obra, aqui examinada, também foi publicada pela Universidade de Toronto, em inglês, em 1981. Ramos também lecionou na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Esse Fritjof Capra lançou alguns bons livros que recomendo: Tao da Física, Ponto de Mutação e Teia da Vida
E ficar ligado no Alberto Guerreiro Ramos, que não conhecia até HOJE, quando pesquisei sobre o Capra e achei isso daí. Achei hoje isso daí e disse na semana passada nas Assembléias Estudantis que a Democracia Participativa faz parte desse novo modelo que surge a partir do Paradigma Emergente.
O Paradigma Emergente:
- a humanidade suja seu chão mas não fará diferença alguma para o universo;
- a destruição é de nós mesmos, e não da Natureza;
- O que o Paradigma Emergente tem a ver com a ecologia política? Apenas citações:
1) Entrevista da revista Caros Amigos com Fritjof Capra em 2004: Minha abordagem é pela educação. Nós precisamos disseminar o conhecimento básico de ecologia sobre o que é sustentabilidade e como desenvolver esta sustentabilidade. A história da evolução mostra que a nossa biosfera tem sustentado a vida por 2 bilhões de anos. Mas as nossas organizações “civilizadas” estão destruindo tudo. Precisamos mudar isto. Precisamos aprender com a natureza. Observá-la. Podemos identificar nela os princípios da ecologia: o dejeto de uma espécie pode ser o alimento de outra. É o ciclo ecológico. E a energia vem do sol. E querem deixar o Brasil de lado na evolução da consciência ecológica? O Brasil desempenha hoje um papel fundamental no mundo. Talvez, não reconhecido. Mas dos três grandes centros de poder - governos, empresas e sociedade civil - a sociedade civil reconhece este papel fundamental do Brasil.
2) CAPRA, FRitjof. A Teia da Vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos, de 1996, retoma a visão de interligação ecológica de todos os eventos que ocorrem na Terra e da qual fazemos parte, de forma fundamental. O livro foi traduzido para sete idiomas.
"O novo paradigma que emerge atualmente pode ser descrito de várias maneiras. Pode-se chamá-lo de uma visão de mundo holística, que enfatiza mais o todo que as suas partes. Mas negligenciar as partes em favor do todo também é uma visão reducionista e, por isso mesmo, limitada. Pode-se também chamá-lo de visão de mundo ecológica, e este é o termo que eu prefiro. Uso aqui a expressão ecologia num sentido muito mais amplo e profundo do que aquele em que é usualmente empregado. A consciência ecológica, nesse sentido profundo, reconhecer a interdependência fundamental de todos os fenômenos e o perfeito entrosamento dos indivíduos e das sociedades nos processos cíclicos da natureza. Essa percepção profundamente ecológica está agora emergindo em várias áreas de nossa sociedade, tanto dentro como fora da ciência."
3) Não é do Capra rsrs.
De acordo com James Barber, professor do Imperial College London, Reino Unido, a melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos. Ele estava falando da fotossíntese, processo natural das plantas.
“Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese – propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada – não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta”, disse o pesquisador em entrevista à Agência Fapesp.
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