quinta-feira, 28 de abril de 2011

"FAÇA-VOCÊ-MESMO!" Gritou a contracultura...

A atividade das partes é essencial para a onipresença (ou bom funcionamento) do Estado. As assembléias estabelecidas pelas Entidades de Base constituem ideias construídas para serem levadas aos tais Conselhos de Entidades de Base. As células constituem o corpo do Estado, havendo a participação livre de qualquer cidadão interessado em propor melhorias ao bem comum, de discutir em reuniões abertas e dialogar com ideias de outras pessoas a fim de, através da dialética, desenvolver melhoramentos coletivos. Os indivíduos ativistas (uma vez que eu não gosto do termo militante) participam das reuniões e faz acontecer continuamente tais atividades coletivas.

O Mundo está em momento de crescentes movimentações democráticas. No entanto, enquanto alguns argumentam que o reducionista sistema de voto direto a representantes é "A Democracia", devo argumentar que o atual sistema de Democracia emergente é o Participativo, visto as inúmeras falhas da formação elitista do atual sistema democrático brasileiro. Este sistema que também tem falhas de atuação porque tais elites, dominando as Eleições Diretas, ficam longe dos problemas sociais, não havendo a devida representação e atenção às comunidades carentes.

Por isso, há a necessidade de, aos poucos, disseminar no povo brasileiro a cultura de auto-organização, iniciativas sociais e de assembléias participativas, afim de que haja uma atividade das partes que melhore a eficiência do Estado. É importante que essa Democracia Participativa não perca espaço para uma Democracia Representativa que pode repetir os erros da histórica corrupção no governo brasileiro. Não deixe que os outros façam por você, faça-você-mesmo o que você mesmo pode fazer por você!

X - Entender este conceito aplicado à política:

Faça você mesmo (em inglês do it yourself, sigla DIY) refere-se à prática de fabricar ou reparar algo por conta própria em vez de comprar ou pagar por um trabalho profissional. A prática, atualmente, engloba qualquer área de atividade, dos cuidados médicos ao design de interiores, da publicação à eletrônica.
A partir do final da década de 1970 o princípio faça você mesmo se tornou profundamente associado ao anarquismo e vários outros movimentos anticonsumistas, principalmente nos casos de grande e evidente rejeição à idéia de que um indivíduo deve sempre comprar de outras pessoas as coisas que deseja ou necessita.
O faça você mesmo, concebido como princípio ou ética, questiona o suposto monopólio das técnicas por especialistas e estimula a capacidade de pessoas não-especializadas aprenderem a realizar coisas além do que tradicionalmente julgam capazes.
Também é usada no caso de projectos que contra tudo e todos e sem quaisquer apoios financeiros ou outros, subsistem e chegam a ter sucesso. Diz-se que estes são projectos baseados no DIY.
A atitude DIY é obviamente associada a um espírito anticapitalista e assenta no pressuposto que uma pessoa sozinha pode muito bem fazer o trabalho de vários "profissionais" excessivamente bem pagos e por vezes incompetentes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fa%C3%A7a_voc%C3%AA_mesmo
http://pt.wikipedia.org/wiki/DIY

* Minhas contribuições acabam sendo mais pelos termos coerentes ao Participativismo do que com teoria política, uma vez que não sou um filósofo da política.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Minha Renúncia Anunciada: o que está em jogo na UFSJ?

André Luan Nunes Macedo

São João del-Rei, 25 de abril de 2011



O que está em jogo é a democracia entre os estudantes, o Diretório Central dos Estudantes organizado enquanto Conselho de Entidades de Base. Para o Reitor, trata-se de calar qualquer questionamento, qualquer debate nos Conselhos Superiores. Depois de tentar, ano passado, fazer os Centros e Diretórios Acadêmicos enviarem para o Conselho Universitário um representante que assumisse passivamente seus posicionamentos, e de obter no Conselho o apoio de somente duas dessas entidades de base, ele resolveu tirar esse poder dessas organizações, que são as únicas realmente estudantis. Para seus aliados trata-se de retomar o controle do Diretório Central dos Estudantes, colocando fim ao poder dos Centros Acadêmicos e submetendo-o ao poder partidário.

Contudo, quem não tem a razão usa o subterfúgio de desviar o assunto, de tentar esconde-lo criando boatos, como foi feito durante as últimas semanas. Os súditos da reitoria soltaram o boato que minha mãe, professora do Departamento de Educação e Coordenadora do Mestrado em Educação da UFSJ, Maria do Socorro Alencar Nunes Macedo, seria uma candidata à reitoria em 2012. Acusam-me de utilizar ou vir a utilizar do cargo de representante do DCE UFSJ no Conselho Universitário para auxiliá-la nesta hipotética caminhada.

A boataria praticada nos corredores é irresponsável e agressiva, pois nos coloca direta ou indiretamente na posição de massa de manobra, esquecendo o que já fizemos academicamente e autonomamente na instituição, sem a necessidade de aprovação de familiar ou professor algum. Para quem não me conhece, sou André Luan Nunes Macedo. Sou graduando do sétimo período do curso de História. Em minha graduação consegui consolidar um projeto de iniciação científica e três artigos relacionados ao campo do ensino de história, sendo um deles aprovado em um Congresso de Educação em Cuba. Além de minhas publicações acadêmicas, me aventurei em produzir um livro, intitulado “Política Universitária: debate” junto ao camarada Mauro Assis, resultado de nossa militância tanto no DCE UFSJ quanto em outros fóruns de atuação. Atualmente estou como representante discente do Conselho Universitário, eleito pelos Centros Acadêmicos no Conselho de Entidades de Base do DCE UFSJ em 2010.

Tenho agora que dar explicações à comunidade acadêmica sobre algo tão infantil como ser filho de minha mãe. Tenho que retornar a dar explicações sobre a minha filiação ao Partido Comunista, como se nunca o tivesse feito. Cabe lembrar que antes de ser escolhido para representante no CONSU, já havia deixado claro que a reitoria poderia se utilizar desta identidade para tentar deslegitimar o movimento estudantil e o poder dos Centros Acadêmicos. Estamos em 2011 e dito e feito: a reitoria acusa o Partido Comunista de aparelhar o DCE UFSJ. Tenho também que dar explicações sobre minha participação em coletivos que buscam a democracia e a autonomia na UFSJ. Por todos esses motivos questionamos: Quando utilizamos de nossa representação de forma a confirmar as acusações feitas pelos mandatários da atual administração? Quando foi que utilizei do CONSU para promover minha mãe? Em que momento utilizei meu cargo em favor do Partido Comunista? Quando falei no CONSU sobre o Movimento UFSJ Autônoma e Democrática?

Contudo, o verdadeiro alvo dos boatos indicados é o movimento estudantil. Uma das principais munições que o adversário tem tido na luta contra os estudantes é associar a minha vida privada com as decisões do DCE UFSJ. Sabemos que essa calúnia reproduzida nos cochichos dos corredores não representa as bandeiras de luta defendidas autonomamente pelo DCE UFSJ. Personalizar o movimento estudantil tem sido uma ferramenta de desgaste da reitoria e seus lacaios neste terreno de batalha. Afinal de contas, dizer que somos capazes de manipular e controlar boiadas estudantis sem consciência alguma é mais fácil que reconhecer o espaço legítimo, democrático e unicamente crítico que o DCE UFSJ tem oferecido para nós estudantes e à comunidade acadêmica em geral.

A luta pela democratização da universidade tem como pólo de resistência o DCE UFSJ. O DCE é o único espaço que encontramos onde podemos compartilhar nossas críticas às práticas atrasadas da democracia liberal. Por não haver outros espaços públicos de discussão, muitas vezes o DCE assume o estereótipo mitológico da “oposição sistemática”. Ao contrário disso, o DCE tem assumido bandeiras que buscam sua independência e autonomia, sempre respeitou a liberdade de opinião e de idéias. Suas bandeiras pela democratização do movimento estudantil e da universidade foram os grandes elementos que me atraíram para que participasse dos seus fóruns logo quando entrei na universidade em 2008. Exemplo disso foi o seu posicionamento em relação às eleições da atual reitoria em 2008, quando não apoiou a candidatura do professor Helvécio e exigiu um debate público mais democrático na comunidade universitária.

São pelos princípios democráticos que regem a prática militante e transformadora que o DCE UFSJ nos ensinou nos últimos três anos, e para superar as novelinhas, que renunciaremos nosso cargo de representante discente no Conselho Universitário bem antes das eleições para a reitoria em 2012, logo quando o DCE puder nos substituir, o que agora é impedido pelas mãos de ferro de nosso reitor e seus mandatários. Nossa disposição de deixar o CONSU desmente por completo a boataria adversária, mostrando que suas concepções são construídas como um castelo de cartas: basta um vento de verdade para que todas caiam por terra.

O nosso papel militante no Conselho Universitário possui data: quando conquistarmos a vitória próxima do DCE UFSJ, seja na política ou na justiça comum. Entendemos a razão pela qual assumimos a representação discente em 2010, pois representávamos a autonomia do movimento estudantil em contraposição ao autoritarismo e à coerção ditatorial imposta por essa administração. Hoje vemos que somos utilizados como uma arma pela reitoria para deslegitimar o DCE UFSJ, que poderá, quando o reitor não impedir, me substituir com facilidade, pois tem formado grandes intelectuais orgânicos na luta pela democracia participativa em nossa sociedade

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que é a Sociedade Defensora ?

A Sociedade Defensora do Poder às Entidades de Base surgiu para lutar pelo poder das entidades de base em todo o país. Por entidades de base compreendemos que no movimento universitário existem os Centros Acadêmicos, em algumas escolas existem Grêmios, nas empresas deviam existir organizações sindicais locais, uma por fábrica, e deviam existir associações de moradores fortes, e assim por diante. Em outras palavras, sim, trata-se de um trabalho de organização da sociedade, buscando reverter um traço da cultura política nacional, que é profundamente "desorganizativa".

A idéia é somar todos os esforços, ou seja, não colocar limites ideológicos à participação na Sociedade, não levantando mais que a única bandeira expressa no nome da mesma, a existência e o poder dessas entidades de base, coisas que já aprendemos dependerem uma da outra, pois sem poder nenhum essas organizações não duram nada.

Para ser ampla, essa organização deve permitir total debate de idéias, e esse blog está tentando ser exemplo disso. Já notamos por aqui que escreveram pessoas com os mais diferentes pontos de vista. Elas têm em comum o fundamental para fazer parte dessa organização, compreendem a necessidade de uma democracia de novo tipo, superior à atual.

domingo, 24 de abril de 2011

GOLPE NA ENTIDADE DOS OUTROS É REFRESCO! (UMA RESPOSTA A UM ESTUDANTE DA UFSJ)

André Luan Nunes Macedo- representante discente no Conselho Universitário, eleito orgulhosamente pela democracia participativa dos Centros Acadêmicos


Caro Carlos,

Chegou a hora de fazer a defesa de alguns pontos. Nunca quis respondê-lo na internet, porque achei que você encararia o debate público feito no CONSU nas Assembléias agendadas pelo DCE UFSJ. Mas agora um texto urge necessário para dar algumas respostas à comunidade acadêmica através da rede digital.

Primeiro, quero que você vá ao espaço legítimo do DCE para questionar a representatividade do Petterson, pois acredito que você vai ser respeitado no CEB. Peço encarecidamente que você esteja presente. Se você é um estudante e, portanto, membro do DCE, deve obrigatoriamente expressar sua indignação neste espaço legítimo. Certamente vários companheiros vão entender essa questão. Eu seria um deles. Se você quer acabar com o preconceito da homofobia, que para mim é legítimo, inicie o seu abrindo a cabeça para entender qual é o nosso espaço sem preconceitos também. E tenho certeza que muitos não vão tolerar o texto do Petterson, como tem ocorrido numa lista de e-mails aberta para qualquer estudante participar e que já tem mais de 200 assinaturas de representantes de diversos cursos. E vão também questionar algumas relações infelizes colocadas em seu texto. Mas cabe lembrar que o companheiro Petterson sempre defendeu a luta contra a homofobia nos espaços do DCE, como enviou solicitações diversas vezes para defender a participação da entidade na luta do movimento do qual você faz parte. Seja qual for a sua decisão, lembre-se que ele foi um grande apoiador da sua causa. Coloque na balança essa complexidade de fatores anteriores e tome sua decisão. Vá à reunião do DCE, tente queimar essa última gordura com essa entidade que você tanto despreza e diz que é autoritária e veja realmente como os indivíduos se comportarão com o novo fato ocorrido.

Agora cabe fazer algumas ponderações quanto as acusações sem fundamento lógico nos questionamentos que você faz. Vou tratar de responder aquelas nas quais estive presente. Não posso responder em relação ao REUNI e a UMES, porque eram outros C.A's e cheguei depois na universidade. Existem questões que não competem a nós responder porque somos de outra geração. Quanto a prestação de contas, veja com o Daniel Gonzaga que ele te passa todas as informações sobre a prestação atual.

Dado os esclarecimentos, vamos começar: primeiro quanto ao campus de Piumhi-MG. Sabe como fiquei sabendo da possível implementação do campus? Por causa do meu pai! E sou conselheiro universitário! E era para ser aprovado em três semanas! Para mim, o CEB já é um espaço deliberativo legítimo para tirar esse posicionamento,pois se assemelha a uma assembléia (todos os estudantes podem participar) e que a lógica de aprovação desse campus não seguia o tempo da Universidade e não era proveitoso. E vamos a discussão do mérito: para que mais um campus de extensão, sabendo que as bandeiras internas da Sede e dos campi avançado ainda não foram conquistadas, ou seja, prioridades que os estudantes tiraram em plebiscitos (como o que foi realizado em 2007, que foi o motivo da ocupação da reitoria, onde os estudantes se posicionaram a favor do R.U. como prioridade)? Para que realizar uma expansão tão longe da sede? Por uma questão lógica, os CA's foram contra, levaram suas discussões para os seus cursos e assim se posicionaram democraticamente. Ou você seria favorável a aprovação do campus?

Acho que quem deveria assumir o debate público é a administração da universidade e convocar mais discussões, para que assim haja a possibilidade dos estudantes tirarem seu posicionamento ouvindo diversas opiniões a respeito. Por isso os CA's não acharam que deveria haver assembleia. Não porque não quiseram, mas por uma questão de bom senso em relação ao tempo definido. Nisso acho que nós dois concordamos: é necessário movimentar o espaço público da UFSJ (você concorda nisso, eu tento acreditar), que se mantém hipertrofiado por causa de uma lógica de representação que deve ser superada (você discorda disso, porque defendeu a posição dos conselheiros, gerando uma contradição no seu argumento).
Sete Lagoas foi outra questão lógica. Aprovar um campus em duas semanas? Como realizar assembléias de estudantes em duas semanas? Como garantir o quórum e a conscientização em duas semanas? Quem deveria ter puxado um debate público sobre Sete Lagoas e não o fez foi a reitoria, que quis decidir mais uma vez tudo por cima no CONSU e não conseguiu. Depois de um tempo de debate, os estudantes não foram contra a aprovação do campus, mas foram contra aquele tempo e foram contrários a aprovação de algo tão rápido e que se assemelhava ao caos vivido por Divinópolis - campus aberto sem sequer ter portas no banheiro! Você seria favorável a aprovação de um campus em duas semanas? Ou seja, essa notícia que você tem espalhado no CSL é uma inverdade e é antiética, porque assumem o posicionamento da reitoria para se colocarem como "democraticos", em contraposição aos "autoritários xiitas" do DCE.
Sobre as cotas. O DCE fez um debate acalorado sobre a questão em 2009, com um conflito claro nos seus posicionamentos, exigindo os debates publicos com posicionamentos divergentes. Inclusive fomos OS ÚNICOS a colocarem numa mesa de debate do DCE posicionamentos contrários a ideia das cotas, que foi feito no Campus Dom Bosco, no qual eu fui o mediador. Os debates promovidos pela reitoria não eram debates, e sim palestras daqueles que defendiam as cotas, pois não havia ninguem contrário em suas mesas. Deliberamos no CEB, diante das divergências,a necessidade de ter ASSEMBLÉIAS nos espaços deliberativos dos Centros Acadêmicos.No CA de História, por exemplo, eu e o Marcos, antigo conselheiro universitário, defendemos posições contrárias.
Só quem entende a democracia participativa e de base, na qual os estudantes de todos os cursos podem se posicionar no seu espaço de atuação entendem isso, coisa que aqueles que defendm o simples desejo de elegerem chefes jamais entenderão. Essas acusações feitas por você são feias demais. Me senti acusado, nas suas palavras, de ser chamado de homofóbico também. Pois, como você bem diz, "quero um dce livre de homofobia". Eu sou do DCE e não sou homofóbico, portanto, não quero que a entidade que defendo seja acusada tão feiamente disso...
Mais feio ainda tem sido os rumores espalhados nos corredores de que um familiar meu seria candidato à reitoria. É muito interessante ver que o uso da ferramenta da vitimização é utilizada, mas vocês não pensam que também cometem certas irresponsabilidades para criminalizar pessoas que desejam discutir a universidade, tratando-as simplesmente como bonecos manipuláveis e que só “fazem política” em torno de interesses pessoais escusos. Tal ação nos coloca direta ou indiretamente na posição de burro, esquecendo o que já fizemos academicamente e autonomamente na instituição, sem a necessidade de aprovação de familiar ou professor algum. Então, já que a palavra é ética, busque compreendê-la e fazer a autocrítica na sua prática durante esse mês...
Todas essas exclamações são para representar o espanto com que as coisas são feitas na universidade,e com muita celeridade,como você pôde perceber e apoiou a decisão do conselho Universitário! Assembléia exige tempo,e, num mês conturbado que nem esse, conseguimos tirar mais de 2 mil assinaturas a favor do debate com todos os estudantes, garantindo o espaço para vocês e o DCE se posicionarem, que foram desrespeitadas por alguns conselheiros e pelo reitor que você defendeu durante esse mês.
O DCE não tem medo do debate. Veja o que foi a calourada política, por exemplo. Aquele espaço foi uma Assembléia que tirou bandeiras e trabalhou as necessidades básicas dos estudantes. Foi tirado diversos posicionamentos, que contou, em uma de suas mesas, com um representante da Divisão de Assuntos Estudantis, o Juninho, que para mim fez um ótimo trabalho representando a administração e podendo esclarecer o que tem sido feito para a Assistência Estudantil. Uma pena que vocês não estiveram presentes...
Quem defende a democracia na UFSJ é a entidade representativa dos estudantes, que questiona a forma da votação no Conselho Universitário, sem discussões nos departamentos; que já se mostrou indignado com relação às práticas clientelistas, das trocas de favores na instituição; que se mostra disposto, e sem medo algum, a encarar o autoritarismo e a censura da reitoria, que tem enviado ordens para retirar os cartazes daqueles contrários aos seus posicionamentos dos murais da universidade, numa atitude ditatorial; que foi contra a presença de seguranças num espaço público; que foi a favor da ampliação da reunião do Conselho Universitário, para que todas as pessoas pudessem acompanhar o debate, evitando tensionamentos. Todas essas bandeiras, que vocês foram contrários, infelizmente. Desrespeitar os espaços de deliberação do movimento estudantil, sem sequer tentar fazer sua voz ser ouvida, buscando outros agentes para reproduzir suas idéias é muito fácil. Ir discutir semanalmente a pauta dos estudantes é um negócio difícil mesmo. A democracia realmente é demorada. O que disse para um Conselheiro serve também para você: “golpe na entidade dos outros, é refresco!”.

Dilma, o que você está fazendo? Há porqueres...

20/04/2011 - 14:10 | Agência Brasil/Luciana Lima | Brasília

OEA dá mais oito dias para Brasil responder sobre Belo Monte

A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), deu mais oito dias para o governo brasileiro se manifestar sobre medida cautelar que pede a suspensão do processo de licenciamento da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. De acordo com a CIDH, a ampliação do prazo atende ao pedido feito pelo governo.

Com a decisão da comissão, o governo brasileiro terá até o dia 26 de abril para responder à medida cautelar que solicita a paralisação do projeto de Belo Monte até que sejam ouvidas as comunidades indígenas que vivem na região. O prazo inicial dado pela CIDH para a resposta era de 15 dias e terminou na segunda-feira (18/04).

Além de ouvir os índios, a decisão da CIDH pede que os estudos de impacto ambiental, apresentado aos índios, sejam traduzidos para a língua indígena e que o Brasil adote medidas “vigorosas e abrangentes” a fim de proteger a vida dos integrantes das comunidades locais.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Cidade Livre de Christiania - Não querem Democracia?

Por Thiago Zoroastro
22 de Abril de 2011 - 19:22

Esse é um exemplo de Democracia Participativa, não um texto que serve de base para dizer que "A Defensora" defende ideais anarquistas. A Democracia pode ter várias configurações, sendo representativa, participativa e/ou direta. Nesse texto trata de uma democracia participativa baseada em assembléias mas sem indício algum de hierarquias, nem mesmo de cargos mínimos.

A Defensora surge para divulgar as ideias sobre Democracia Participativa em diversas instâncias, desde dentro das universidades até na sociedade. Voto nulo porque não quero dar o direito a alguém de votar o próprio aumento de salário enquanto as condições de trabalho e salários de professores continuam ruins. Para a melhoria de nossa sociedade não é preciso enfatizar as leis, mas acreditar na educação. E, havendo condições ruins para a educação, o Brasil não irá emergir.

Existe uma cidade na Dinamarca que todas as ações em prol da cidade são decididas em Assembléias. Segundo Wéliton, (foi da banda de punk Agravantes e hoje toca na Cia Bougainville) que mora no bairro Caieiras em São João Del Rei, cada casa pode ter o poder de um voto, mas as assembléias são abertas para todos. Sendo uma cidade de 2 mil habitantes (10 mil, segundo algumas fontes), ela é autogerida pela ação direta dos próprios moradores.
Cristiania não tem prefeito, não tem eleição e funciona sem governo, sem imposição de leis que controlem a organização social. A lenda da cidade-livre da Dinamarca é real: inspirada no Anarquismo, Christiania resiste há mais de 20 anos, inventando um jeito novo de conviver com os problemas da vida comunitária. Limpeza das ruas, rede de esgoto, manutenção dos serviços básicos, tudo é decidido e feito a partir de reuniões entre os moradores da cidade.
Eles se definem como uma comunidade ecologicamente orientada, com uma economia discreta e muita autogestão, sem hierarquia estabelecida e o máximo de liberdade e poder para o indivíduo. Uma verdadeira democracia popular direta, onde o bom senso e o diálogo substituem as leis. No Brasil, poucos conhecem a história da cidade-livre.
Christiania começou a escrever sua história em 1971. Foi a partir das idéias de um jornal alternativo, o Head Magazine, que um grupo de pessoas, de idades e classes sociais variadas, decidiu ocupar os barracos de uma área militar desativada na periferia de Copenhagen. Era o início de uma luta incansável contra o Estado. A polícia tentou várias vezes expulsar os invasores da área, mas sem sucesso. Christiania virou um problema político, sendo discutida no parlamento dinamarquês. A primeira vitória veio com o reconhecimento da cidade-livre como um "experimento social", em troca do pagamento das contas de luz e água, até então a cargo dos militares, proprietários da área. O Parlamento decidiu que o experimento Christiania continuaria até a conclusão de um concurso público destinado a encontrar usos para a área ocupada.

Ação Direta

Os moradores da Christiania fazem questão de ser uma pedra no sapato do capitalismo. Eles não se contentam apenas em incomodar os valores tradicionais da sociedade européia com a vida alternativa que levam. Christiania também desenvolve várias atividades com o objetivo de contestar o sistema capitalista e divulgar as idéias anarquistas.

Acredito na assembléia como um modo de fazer política sem ser político. Acredito que reuniões que chamem a todos para discutir os problemas da sociedade sejam muito mais eficientes do que eleger representantes porque uma reunião de 40 pessoas é muito mais significativo (em abordar problemas, discutir soluções e debater filosofia) do que eleger 5 representantes que se dizem oniscientes de todos os problemas a se resolverem. Afinal, numa cidade que se elege Vereadores que estejam longe dos problemas sociais jamais superará suas dificuldades, dada a falta de onipresença das atividades sociais. Pois, uma vez que políticos ganham muito para (entre outras coisas, não precisar de trabalhar todos os dias) agir como um cidadão ciente dos problemas sociais, nem sempre ficam cientes no que se deve melhorar por estarem longe das partes deficientes. Cada parte deve ter seus participantes, porque só assim o Estado estará mais perto do que ele deve zelar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Por que ser contra eleições diretas para representantes dos estudantes no Conselho Superior?

Porque essas eleições se tornariam um palanque para carreiristas, que sem interesse nenhum pelo bem da Universidade se candidatarão para crescerem eleitoralmente, preparando o terreno para as eleições de vereadores de 2012.
Porque teríamos candidatos comprando votos, sujando as ruas e sobretudo os campus, fazendo demagogia, apelos emocionais, apelos partidários, e candidatos palhaços, tanto para denunciar a farsa eleitoral quanto para se promoverem.
Porque os pré-candidatos a vereança que porventura se elegessem, transformariam as reuniões do Conselho Universitário em palanques, uns se vendendo, outros brigando até com a própria sombra.
Porque em eleições semelhantes no formato às de vereadores, teríamos uma representação estudantil semelhante à das câmaras de vereadores, que no país todo são submissas aos prefeitos (o sonho do reitor).
Porque qualquer reitor, assim como os partidos, lançaria candidatos explicitamente ou não, de forma a ter conselheiros dóceis.
Porque seriam eleitos estudantes que não têm qualquer ligação com o movimento estudantil, que não conhecem o histórico de lutas, que não têm compromisso com organizar o estudantado.
Porque representantes assim eleitos se sentem independentes das bases, donos de um mandato, com o qual poderiam fazer o que quiserem.
Porque representantes assim eleitos se dividiriam sempre, enfraquecendo os estudantes, visto que com os poderes que entrariam em disputa, a reitoria e partidos ricos, é certo que as cadeiras dos estudantes seriam divididas.
Porque o movimento estudantil fora do Conselho Superior teria que recorrer mais a ocupações e outras ações trabalhosas.
Porque a forma atual de escolher os representantes estudantis está eficiente, tanto que incomodou o reitor e tornou tais representações importantes a ponto de serem cobiçadas pelos pré-candidatos a vereadores de certos partidos.
Pela forma atual, as eleições são diretas para os representantes de cada curso, que são os Centros Acadêmicos, pois por pior que seja a diretoria de um CA, ela está nas mesmas salas de aula que nós. E nas eleições de CAs o dinheiro e a criação de imagens fictícias de candidatos não funcionam bem. São os CAs, portanto, que devem indicar, depor e substituir os estudantes para o Conselho Universitário.

O autoritarismo do Reitor

Circulam conversas que o reitor cogita sair candidato a prefeito de São João del Rei pelo PT, e já está mesmo dando mostras de autoritarismo, pois não suporta a existência de uma minoria discordante no Conselho Universitário. Já em 2010 ele pressionou os Centros Acadêmicos a indicarem representantes dóceis para o Conselho, ameaçando cortar verbas já combinadas e ao não ser obedecido pelos Centros Acadêmicos ele realmente cortou as verbas, dando mais uma prova de que não diferencia muito bem recursos públicos de particulares. Em 2011 ele se aliou a um pré-candidato a vereador, do mesmo partido que até 2004 controlava o DCE, e propuseram eleições diretas para os representantes estudantis no Conselho Universitário.
Contudo, apesar de levantarem uma bandeira tão óbvia e de tão grande aceitação, os inimigos do poder dos Centros Acadêmicos temem o debate, e não estão aceitando que Assembléias de estudantes, uma em cada campus, já marcadas, decidam se os representantes estudantis continuarão indicados pelos Centros Acadêmicos ou se passarão a ser eleitos em eleições mafiosas. Em reunião do Conselho Universitário de 18 de Abril, o reitor utilizou regime de urgência para votar, em uma sala fechada, um novo estatuto da UFSJ em que não são os Centros Acadêmicos que escolhem os representantes no Conselho Universitário, sem esperar as assembléias dos estudantes, e quando estes ocuparam a sala de reuniões e impediram a votação, ele, em um ato de desespero, decidiu que o projeto havia sido votado e aprovado, sem nem saber quem votava a favor ou contra (até agora alguns conselheiros não sabem em que votaram).

Quem perde com essa reforma do estatuto da UFSJ?

De 1999 a 2004 o DCE UFSJ foi controlado por um partido político, no caso, pelo PT. Neste período foi usado para eleger um deputado federal em 2002 e um vereador em 2000, que depois veio a se tornar vice-prefeito de São João del Rei numa aliança com o PSDB (2004).
Os estudantes não ganharam nada. Os panfletos do DCE deste período traziam sempre um destes políticos em sua capa.
Desde 2004, o DCE é dirigido pelos Centros e Diretórios Acadêmicos por meio do Conselho das entidades de base. Desde então, tem tido estudantes de variados partidos neste conselho (tanto de direita quanto de esquerda), além de uma grande maioria de estudantes que não tem partido.
De 2004 pra cá, o DCE UFSJ obteve diversas conquistas, como por exemplo: carteirinha estudantil gratuita para todos (2005); redução dos preços da cantina (2005); Redução do preço do “xerox” de R$ 0,09 para R$ 0,07 (2007); recursos para financiar alimentação de estudantes carentes, garantidos por uma ocupação da reitoria (2008); garantia de mínimas condições no campus de Divinópolis, apoiando a greve dos estudantes deste campus (2008); influência na não aprovação do campus Piumhi, que se tratava da “salvação” de uma faculdade privada (de propriedade do mais rico empresário deste município) que não oferecia mínimas condições de ensino (2010).
Estes são exemplos que mostram um movimento feito por estudantes e para estudantes. No entanto, isso não agrada a todos. Lembra daqueles políticos que foram eleitos graças ao DCE? Eles querem o controle da entidade de volta. Como? Defendendo a volta das eleições diretas primeiro para o Conselho Universitário, e depois para o DCE, do mesmo jeitinho que funcionava antes de 2004. E porque? Nestas eleições uma diretoria ganha e faz o que bem quiser com o DCE por um ano, que no plano deles é exatamente o ano das eleições municipais, sem controle dos estudantes. Além do mais, o dinheiro é determinante nestas eleições, diferente do que ocorre hoje nas eleições para CA’s e DA’s. Assim, fica fácil para um partido ganhar a entidade. Pergunte a uma amiga ou amigo de outra Universidade como funciona o DCE de lá e verão como as entidades são dominadas por um ou partido X ou Y.
As eleições diretas permitem que centenas de DCEs e milhares de sindicatos sejam parasitados no Brasil. É chegada a hora de denunciar e enxotar os parasitas.

PELA REVOGABILIDADE DO MANDATO DO REITOR!

André Luan Nunes Macedo- membro da Sociedade Defensora do Poder äs Entidades de Base

O reitor da Universidade Federal de São João del-Rei, nos últimos três anos, mostrou que em seu mandato, mesmo sendo eleito pela comunidade universitária, não é tão unânime assim. Nenhum cidadão universitário imaginou que seria tão traído!!! A história mostra ataques ferrenhos à comunidade e à democracia universitária desde 2008, o que gerou a ocupação da reitoria, naquele ano. As praticas autoritárias continuam e em 2011 assistimos a um ATAQUE INACEITÁVEL contra os CENTROS ACADÊMICOS. Por isso, seria imprescindível obtermos instrumentos institucionais que o tirassem do cargo que os grupos dominantes o colocaram, revogando o seu mandato.

Por quê? Será que a comunidade agüenta sua “mão de ferro” para aprovar tão aceleradamente no Conselho Universitário – órgão máximo de deliberação na Universidade - uma parceria com as Universidades Federais do Sul e Sudeste de Minas, conhecida pela sociedade como “Superuniversidade”? Será que a comunidade agüentaria uma aprovação tão acelerada, como ele próprio quis e não conseguiu aprovar, o Campus avançado de Piumhi? Será que a comunidade deve agüentar sua autocracia com os campi avançados, como ocorreu com os professores de Ouro Branco? Será que a comunidade universitária é capaz de agüentar tamanho autoritarismo contra os Centros Acadêmicos, impondo a cada curso em qual estudante deve estar ao seu lado no Conselho Universitário? Seria aceitável ele próprio fazer telefonemas para os conselheiros docentes no domingo, antes das reuniões do CONSU e, numa atitude antidemocrática, impor o seu posicionamento para eles? Por quê tanta barbárie? O que tem contribuído para tamanho clientelismo dentro da Universidade, espaço singular na sociedade brasileira para o embate de idéias e concepções?

É por essas e outras práticas autoritárias que nós, estudantes e cidadãos preocupados com a Universidade Federal de São João Del-Rei, exigimos o controle do poder do maior representante de nossa instituição. Pedimos um PLEBISCITO para CHECAR SE O MANDATO DO PROFESSOR HELVÉCIO LUIS REIS CONTINUA TENDO A MESMA LEGITIMIDADE E ACEITAÇÃO AOS OLHOS DAQUELES QUE O ELEGERAM.


PELA REVOGABILIDADE DO MANDATO DO REITOR DA UFSJ!
PELA DEMOCRACIA UNIVERSITÁRIA!


SOCIEDADE DEFENSORA DO PODER ÀS ENTIDADES DE BASE

20 DE ABRIL DE 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Hoje: Reunião da Sociedade Defensora do Poder às Entidades de Base

Convidamos a todos os interessados para uma reunião da DEFENSORA que acontecerá hoje, dia 19 de abril - 19 horas - no campus Dom Bosco da UFSJ.

PAUTA:

- Aprovação da CARTA MANIFESTO DA DEFENSORA
- Discussão de um jornal de resposta aos ataques da reitoria UFSJ

Sammer Siman
Secretário de articulação interino da DEFENSORA

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Ata de Fundação

Ao dia 19 de Abril de 2011 nós abaixo assinados, reunidos em São João del-Rei, criamos a Sociedade Defensora do Poder às Entidades de Base, aberta a todo e qualquer indivíduo ou organização que defendam o princípio estabelecido no nome. Elegemos provisoriamente, até o estabelecimento de um estatuto, como presidente Daniel Gonzaga Miranda; como vice-presidente Pedro Henrique Pereira Mendonça; como comissão  organizadora do Congresso Estatuinte Rafael Monteiro de Mattos, Alex Lombello Amaral e André Luan Nunes Macedo; como secretário de articulação Sammer Daher Siman; como secretário de comunicação Alex Lombello Amaral; como secretária de organização Luisa Lima Vilela. Marcamos como prazo para o Congresso Estatuinte um ano a partir de hoje.